Na comunicação médica, o código pode ser entendido como uma resistência à sociedade capitalista e como uma barreira contra a mercantilização da Medicina. Ele impede o sensacionalismo e a competição desfreada e desregulamentada, em que pacientes são tratados como meros consumidores e a Medicina como mais um mercado.

Desta forma, neste primeiro entendimento, devemos encarar o código como uma defesa da ética médica. Afinal, a Medicina sempre foi uma das profissões mais respeitadas e valorizadas na sociedade muito em função de tais preceitos.

Na prática, uma vez que o código fosse ignorado, pessoas incapacitadas ou usando de má fé poderiam, através de práticas mercadológicas, serem uma concorrência desleal, gerando um alto grau de desconfiança dos pacientes e a consequente desvalorização da profissão.

Por isso, na comunicação médica, os dados do médico ou do responsável técnico pela clínica devem estar bem claros em todos os materiais de divulgação. Esses dados conferem credibilidade e impedem a atuação à margem da lei.

LIMITAÇÕES DO CÓDIGO

As limitações às quais a publicidade médica está submetida podem ser muito menos inconvenientes e mais facilmente incorporadas se o foco no paciente for maior que o foco na divulgação. Para isso, o primeiro passo é não encarar os outros profissionais como concorrentes, como acontece no mercado consumidor.

No caso da Medicina, o que está em jogo é a vida e não meramente a compra de um serviço ou produto. Por isso, usar termos como “o melhor” ou “o mais seguro”, além de desrespeitar os outros profissionais, retira a credibilidade dos órgãos reguladores.

O mesmo acontece com a divulgação de técnicas exclusivas. Uma vez que as técnicas médicas legalmente anunciadas são aquelas efetivamente comprovadas pela comunidade científica e permitidas pelos órgãos reguladores, é impossível garantir ou deter a exclusividade de algum procedimento. Evidentemente, tratamentos alternativos e não aceitos pela comunidade médico-científica são expressamente proibidos de serem anunciados.

Outra regra extremamente importante no manual de publicidade do Conselho Federal de Medicina (CFM) é o veto completo às promessas de resultados, garantias de sucesso e as fotos de antes e depois. Esse veto, mesmo que não pareça, é um ganho não só para o paciente como para o próprio médico. Não é possível garantir resultados iguais em pessoas diferentes, ou mesmo prever com absoluta certeza as reações de cada pessoa a cada procedimento. Assim, esse tipo de propaganda pode gerar uma expectativa no paciente desproporcional à sua natureza e às suas possibilidades.

E qual seria o papel da MedTarget na aplicação do manual de publicidade do CFM na comunicação médica? Dentre outras responsabilidades:

Para saber mais sobre o assunto ou contratar os serviços de profissionais no assunto, entre em contato com a MedTarget!

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